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About a Girl

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"Nasci em 1992, no interior do estado. A dança-teatro e o cinema formaram meu primeiro imaginário: a palavra vinha como complemento das imagens. Quando descobri os livros, bem cedo, aceitei-os apenas como o lugar das palavras e das idéias, vendo as imagens a que remetiam ou sugeriam, como fantasmas imponderáveis e sem substância, descabidos, impróprios para aquele tipo de veículo. Quando me pedem que fale de mim mesma, sinto o incômodo, pergunto: que imagem devo projetar? Tenho tantas. Acho que a melhor para o caso é a que passo nos próprios posts, de alguém que escreve mas não acredita nos fantasmas das palavras, embora eles sejam inevitáveis. E a melhor forma de conviver sem temor com essas fantasias é jogar com elas, torná-las risíveis, desautorizá-las, de modo a evitar o poder técnico abusivo que tem quem escreve, para iludir o leitor."

Aos destinatários destas palavras

"Pra dilatarmos a alma
Temos que nos desfazer
Pra nos tornarmos imortais
A gente tem que aprender a morrer
Com tudo aquilo que fomos
E tudo aquilo que somos nós"


O Teatro Mágico

Quem lê

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Enlouqueça e ironize

Posted on 14:31 In:




























As pessoas podem ser insanas, impulsivas e obsessivamente loucas.
Porque se acomodam em viver assim?
Como podem viver assim?
Porque fazem mal para outras, ciente do que estão fazendo e sem justificativas concretas?
Será que no fundo realmente acreditam nas justificativas que criam?
Ou será que tudo não passa de uma ficção bem criada em conjunto?

Quando criança, eu costumava inventar mentiras para ter amigos.
E as vezes, elas se tornavam tão repetitivas, que acabavam fazendo sentido e se tornando reais pra mim.
Como num sonho recente.
Ou talvez, um sonho de um sonho.
Hoje, mal consigo segurar meus próprios pensamentos
A ironia é que a verdade até hoje nunca me ajudou
E o insano é que eu continuo fiel a ela.
Hitler afirmava que uma mentira contada mil vezes se torna verdade, mas isso realmente justifica todo o dano causado?
No fundo, quando despertarmos de nosso sonambulismo, a verdade vem a tona e junto com ela a sujeira que ficou debaixo do carpete.
Assim como a história já nos mostrou.














*Eu escrevi isso quando tive de ficar um bom tempo longe de um amigo, mas serve para vários momentos em que me senti injustiçada com pessoas que fazem coisas que simplesmente não há como nem tentar entender.

Over

Posted on 15:10 In:





















Não peça para nutrir-lhe em meio à minha própria anorexia.
Tire-me deste pesadelo!
Jogue-me da janela!
Despedace o que restou firme.
Minha pele queima, inflama e não há cicatrizes além das alucinações.
Faça tudo parar!
Tudo que invade meus limites, e corrói até entranhar fundo nas feridas dos mais obscuros pesadelos.
Não me deixe cair;
Não me deixe queimar;
Não me deixe!
Eu preciso de algo para acreditar.
Faça meu corpo se mexer!
Faça essa dança aleijada ter fim!
Não deixe que me toquem;
Não deixe que me usem;
Não deixe que se masturbem.
Diga-me o porquê de tantas lágrimas e gritos!
Diga-me quando cada pedaço do meu corpo se definhar...
Porque eu me sinto tão morta?
Porque tenta tanto me matar?
Faça-me voltar ao normal!
Deixe-me na beira da estrada!
Não gostaria de me matar?
Tudo preto no branco.
E entre achados e perdidos,
Acabamo-nos todos.























Nenhuma substância nesse mundo pode nos parar.
Todas as mentiras mal contadas e reescritas por mim, não podem os mudar.
Já foram escancaradas todas as portas, e eu me tornei ainda mais insone.
Nossa doçura se esparrama todas as noites junto com todas as promessas e juras, que eu posso sentir que são reais, mas um dia podem se tornar apenas boas lembranças ofuscadas, omitidas e sem vida pela sua aversão a distância.
Não escrevo do que é intenso demais meu amor, porque não existem palavras suficientes no meu país das maravilhas. Aqui, são só sujeiras, cartas chamuscadas e mal resolvidas.
Eu realmente não me importo com o rumo que você escolhe guiar a sua vida, contanto que seja intenso e principalmente real.
Nenhum questionamento é por acaso.
As vezes a felicidade cega as nossas pequenas insatisfações,
mas por um momento, pequeno que seja,
que perdemos essa euforia e liberdade,
a insatisfação aparece muito maior que qualquer sentimento
e só vai embora depois de magoarmos quem amamos.
As vezes só precisamos acreditar.
Acreditar que independente do que foi agora é diferente.
O que todos nos precisamos é que o outro sinta.
Sinta exatamente como nos sentimos e principalmente nos sinta como ser humano.
E no fim das contas, os questionamentos são mal feitos, mas feitos.
E os resultados, em sua maioria, pressionados.
Tudo repleto de tédio mal amado.


É um fato que tudo está mudando:
Músicas boas já não existem mais.
E as que são, são regravações das antigas.
Baladas de amor são um porre.
Tv é um lixo.
Novela tenta regravar a realidade de contos de fada distorcida.
Malhação? Uma reciclagem que merecia ter ido para o lixo.
Não existem mais ideais.
Temos tudo de mão dada.
Não há mais luta.
E muitos nem percebem.
Nós só comemos fast food.
Pizza, hot poket, miojo, lanche vão virar jantares mais vezes do que gostaríamos.
Que ter 17 anos é quase ter 18. E 19 quase 20. Mas, ter 17 não é o mesmo que ter 18 e que ter 19 não é o mesmo que ter 20.*
Pequenas diferenças contam muito.
Amigos são colegas e melhores amigos são amigos.
E acredite, amigos são comuns. Melhores amigos não.
A ilusão não acabou.
Baseado virou comum,
sexo com estranhos também.
Ir no cinema é divertido até aos 14 anos, quando beijar ainda podia ser interessante.
Amor inocente existia até essa época também.
As pessoas se tornaram monótonas.
Beijar hoje em dia é como um cumprimento comum e compromisso mesmo é fazer sexo.
Se excitar é algo realmente difícil.
Falsas beatas são as mais curiosas e quem é puta, é puta assumida! (e gostar de sexo, não é ser vagabunda. Há uma grande diferença).
Quando algo íntimo é escandalizado, não importa que postura que você sempre levou, você será uma vagabunda também.
E em qualquer lugar que você vá sempre, sempre terá um idiota, porque fofocas sempre vão existir.
Algumas delas serão verdade, mas a maioria sempre será inveja. /fikdik
Futebol é sinônimo de briga.
Falar da mãe é comum.
Mulheres se tornam barraqueiras com um pouco mais de bebida e um pouco mais de rapazes para chamar a atenção.
Bebidas comuns não têm mais efeito, o que é legal mesmo é beber ou vodka ou uísque puros – e misturar com algo que te deixe alto.
Vícios são bons até certo ponto...
E viva à balada!
Baladas sempre são sinônimos de bebida e pegação.
Há dias que todo gato será pardo.
Há dias que não importa o quanto você esteja desiludido com o mundo, alguém pode mudar isso.
Amigos (melhores) podem mudar.
Você pode mudar também.
E as coisas vêm mudando.




*Lembrei de uma grande pequena menina e amiga, de apenas 15 anos.

** Eu não sei bem de quem é a ideia central desse texto.

"Annie are you ok?"

Posted on 14:37 In:

Não sei bem o porquê, mas eu gosto de quando você insiste no refrão em saber como a Annie está.
Não se preocupe.
É eu sei que eu sempre falo para não se preocupar e no fundo há algo para se preocupar... Mas sejamos realistas, foi você quem me pediu certa vez para não te preocupar antes de algo que requer certo peso nos ombros.
Mas Annie continua com os ombros pesados...
Anne diz que odeia mais do que gostaria e que não sente mais vontade de escutar nenhuma música sequer.
Annie, você está bem?
Não adianta cuspir mais sermões, seus ombros não agüentam mais e ela jogou todos os terços de cabeceira fora aos onze.
Não me venha com métodos para tirar todo o peso, ele já está estagnado.
Mas não se sinta mal, isto não começou com você, mas irá terminar com você.
E diga ao pequeno Michael, para guardar os sermões de encorajamento para a terapia e os xingos que impõe uma solução imediatista para o exército de nosso pai.
Annie só precisa saber que você está ali
Annie não deseja mais palavras além das que vem das minhas músicas
Annie não quer mais sonhos vazios, eles já fazem seu mundo se encher de concreto demais.
Annie precisa ir embora.
Mas mesmo assim, ela insiste que eu pergunte todos os dias como no refrão:
Annie, você está bem?