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About a Girl

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"Nasci em 1992, no interior do estado. A dança-teatro e o cinema formaram meu primeiro imaginário: a palavra vinha como complemento das imagens. Quando descobri os livros, bem cedo, aceitei-os apenas como o lugar das palavras e das idéias, vendo as imagens a que remetiam ou sugeriam, como fantasmas imponderáveis e sem substância, descabidos, impróprios para aquele tipo de veículo. Quando me pedem que fale de mim mesma, sinto o incômodo, pergunto: que imagem devo projetar? Tenho tantas. Acho que a melhor para o caso é a que passo nos próprios posts, de alguém que escreve mas não acredita nos fantasmas das palavras, embora eles sejam inevitáveis. E a melhor forma de conviver sem temor com essas fantasias é jogar com elas, torná-las risíveis, desautorizá-las, de modo a evitar o poder técnico abusivo que tem quem escreve, para iludir o leitor."

Aos destinatários destas palavras

"Pra dilatarmos a alma
Temos que nos desfazer
Pra nos tornarmos imortais
A gente tem que aprender a morrer
Com tudo aquilo que fomos
E tudo aquilo que somos nós"


O Teatro Mágico

Quem lê

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Karênina porque fez isso?
Karênina, digas porque?
Isso a tornou mais infeliz?
Você sabe que tornou, então porque persiste?

Karênina você tinha tudo, porque escolheu destruir dessa forma monstruosa?
Não é honrável,
Não condiz com sua conduta.

Jovem, tola e sozinha.
Escolheu se entorpecer ainda mais...
Eterna masoquista de sons, palavras e sabores.

Vamos lá Anna, o que te impede de se jogar ao trem?
É assim que Tolstói termina,
E exatamente assim que você irá se manchar.

Escolhes o pior, escolhes o que dói.
Até quando?
Só lembre-se, que o álcool já não ameniza mais.




*Anna Karênina, um dos mais famosos romances de Leon Tolstói.

Os cigarros de Miguel

Posted on 22:05 In:



















Eu o amo tanto Miguel, tenho certeza de que fomos tão felizes juntos...
Sinto lhe dizer que o amor que sinto por você não é o mesmo que você sente por mim, isso não significa que ele seja pior, não.
Eu o amo como se você fosse parte de mim, eu sempre estarei aqui pra cuidar de você.
Porque não pode ser assim?
Porque você não poderia ser meu irmão, se o amor que eu sinto por você se equivale a força de um laço sanguíneo?
Eu me sinto terrivelmente suja, pois você sempre foi tão bom pra mim e eu sinto incapaz de retribuir todo esse carinho da mesma maneira.
A verdade, é que sempre que há encontros e desencontros descobrimos algo.
No nosso primeiro desencontro descobri que te amava, nesse último que talvez a insegurança não deixe que te ames como homem.
Porque eu sinto que estou te machucando ao sentir isso?
Porque eu estou me punindo tanto por isso?
Pois eu não quero te ver longe de novo, nós sempre fomos os melhores companheiros.
Só te peço que não vá embora, por favor...
Só não vá embora de novo.
Eu sinto tanta falta do cheiro dos cigarros nos seus dedos...
Não vá embora.

Dora

Posted on 23:19 In:
















Ela é o anjo que sempre pedi
Leve e morena, suas asas carregam estilhaços demais
Como ainda é capaz de amar?

Na janela o sol queima sobre a estante,
Há remédios demais
Há doença demais
Em meio as drogas o calor de mulher sábia

Penteia com cuidado os cachos dourados
Enxuga o amargo com amor
Tarja preta faça-a dormir até que eu retorne.