Palavras da madrugada redigidas em primeira pessoa, resta coragem...
Com amor as águas não teriam turbulência, seria tudo tão fácil.
Poderia ser só paixão, também serve.
A felicidade dos apaixonados, tão almejada.
Podem servir algo que amoleça um coração enrijecido?
Os olhos brilhantes não possuem foco.
Derramam os mais belos poemas. As palavras são as únicas capazes de mudar a feição deste rosto.
Ao vivo não vivo. Sobre a luz da manhã escondo.
Fujo de todos os braços firmes, quero cuidado.
Tudo tem seu preço: será retribuído somente com palavras sujas.
É a puta da esquina, é a virgem Maria.
Seu coração pelo o que quiser de pior em mim, serve?
Perdem tempo, mutilando o que há de vivo por trás das próprias máscaras.
Eu não existo.
Daqui só saem palavras, o coração trêmulo se mantém sempre no peito.
Todos os gestos são descaracterizados, exalam sexo.
Restam as palavras que recebo, são capazes avivar algo em algum lugar.
Até quando?
O tempo voa nesse meu conto (quase que) de fadas.