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About a Girl

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"Nasci em 1992, no interior do estado. A dança-teatro e o cinema formaram meu primeiro imaginário: a palavra vinha como complemento das imagens. Quando descobri os livros, bem cedo, aceitei-os apenas como o lugar das palavras e das idéias, vendo as imagens a que remetiam ou sugeriam, como fantasmas imponderáveis e sem substância, descabidos, impróprios para aquele tipo de veículo. Quando me pedem que fale de mim mesma, sinto o incômodo, pergunto: que imagem devo projetar? Tenho tantas. Acho que a melhor para o caso é a que passo nos próprios posts, de alguém que escreve mas não acredita nos fantasmas das palavras, embora eles sejam inevitáveis. E a melhor forma de conviver sem temor com essas fantasias é jogar com elas, torná-las risíveis, desautorizá-las, de modo a evitar o poder técnico abusivo que tem quem escreve, para iludir o leitor."

Aos destinatários destas palavras

"Pra dilatarmos a alma
Temos que nos desfazer
Pra nos tornarmos imortais
A gente tem que aprender a morrer
Com tudo aquilo que fomos
E tudo aquilo que somos nós"


O Teatro Mágico

Quem lê

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Razão e Sensibilidade

Posted on 16:42 In:





























Download do Livro

Download do Filme RMV + Legenda

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Domingo passado, eu estava precisando muito de algo que me fizesse deslocar a atenção das saudades que eu sentia, e como de costume resolvi ver um filme. Assisti a "Razão e Sensibilidade". Confesso que já li dois livros da escritora Jane Austen, no qual o filme foi baseado e gosto muito dos seus romances, isso ajuda bastante quando se junta com o meu fascínio por História (Jane 1775-1817), pois são livros que retratam perfeitamente os costumes da sociedade daquela época.
Enfim, sou suspeita pois sou fã de carteirinha de "Orgulho e Preconceito" seu livro de maior sucesso que também virou filme.
Razão e Sensibilidade apesar de um título bobo e ouso dizer que até romântico ao extremo, conta a história de duas irmãs, Marianne e Elinor Dashwood, uma com as emoções muito contidas e que pensa demais, raciocina demais e age de maneira prática e sempre correta em tudo que faz (razão). E outra que não tem medo de expressar seus sentimentos, desejos e anseios. Sempre age segundo seus instintos sem se importar com a opinião/conceito de terceiros (sensibilidade).
O interessante da história é mostrar que apesar de todos nós sermos mais inclinados para razão ou para sensibilidade (concordo mais em trocar sensibilidade por emoção), precisamos procurar o equilíbrio em tudo que vivemos, pois tudo que é extremo é demais, sobra. Parece clichê, mas penso que na prática se aplica muito bem e é interessante a forma que o filme retrata tudo isso dentro dos costumes tradicionais da Inglaterra naquela época.
Mas nem por isso penso que é errado ser extremo, faz parte da essência da personalidade de cada um de nós.
E você, está mais pra Razão ou pra Sensibilidade?

Sorriso de Mona Lisa

Posted on 15:46 In:



















Hoje eu estou feliz, e quero passar até o fim do meu dia feliz.
Pode ser que amanhã dê tudo errado, que o motivo da minha felicidade de hoje até não se realize, mas eu estou feliz em pensar que tudo pode dar certo.
Estou feliz porque é uma felicidade própria, pessoal, eu conquistei sozinha e só tenho a mim pra gozar plenamente dela, e isso só me faz crescer e sentir que eu posso sim, porque não?
E de quê importam os outros?

O olhar alheio pode ser pior que se torturar pelo que não aconteceu, portanto, só digo que essa noite eu sou a pessoa mais feliz desse mundo e guardo tal segredo pra usufruir sozinha lentamente com um orgulho inimaginável, cada pequeno e próspero sabor.

















"Não se conhece bem um homem que nunca deixou a barba crescer.
Digo isto sem preconceitos, porque não mais pertenço a confraria dos barbados. Mas estou convencido de que se conhece mal um homem que nunca deixou irromper na floresta de seu rosto, o outro, o selvagem, o agente adormecido, o hirsuto...
Há mulheres que, tendo conhecido a sabedoria erótica da barba nos lençois do dia, nunca mais se contentarão com a banalidade barbeada de outros amores...
Indizível prazer é esse de confiar a barba. Inconsciente. Ritualisticamente. Enquanto se lê, enquanto se aguarda o outro dizer uma frase estúrdia, enquanto se toma um vinho ou se afaga o cão junto a lareira, e fechando, bem dizia Walmor Chagas outra noite num jantar quando se discutia a metafísica da barba: a barba é uma máscara como no teatro; é outro em nós, um modo de o personagem se experimentar em cena..."

Escrito

Posted on 22:13 In:



















Helena surge caminhando lentamente
Ajoelha-se na tumba de Ulisses
Era um início fácil
Desprovido de "Quês"

Ulisses está morto
Já se passaram anos
Ou será que é ela
Quem permanece morta para ele?

Todavia,
Quem pressiona a tumba?
Quem mantém as escrituras reais?

Ela
Amavelmente sussurra:
"Permaneça morto, meu amor."

Filmes: London

Posted on 21:35 In: ,




























Download Torrent + Legenda

Hoje assisti a este filme no AXN, já estava na minha lista há um bom tempo, mas confesso que me surpreendi, pois sem querer passando canais eu havia assistido ao seu final dezenas de vezes... sempre dava uma olhada na sinopse e via o nome Syd (como um drogado, o que lembra muito o Sid Vicious) e o nome do filme London (Sid era britânico e tocava nos Sex Pistols)... Enfim, havia uma relação indireta com a banda que eu tanto gosto mas eu nunca tive a oportunidade de assisti-lo e achava o final meio bobo pois não havia assistido ao filme completo.

Pra começo de história o filme não tem nada haver com a história dos Pistols ou do real Sid, mas me surpreendeu por ter um enredo bom, com temas interessantes e mesmo o personagem principal ser alguém muito impaciente e em muitos aspectos ignorante - quer tratar tudo de maneira prática e direta - há debates muito interessantes no filme, principalmente sobre o questionamento da existência de Deus, da sanidade mental e relacionamentos amorosos dando ênfase na visão masculina, e não poderia faltar é óbvio: drogas - mas sem aquelas lições de morais ridículas que já cansamos -.


"Não acredito num cara invisível controlando 6 milhões de pessoas. É como ainda crer no Papai Noel... simplesmente um conto infantil criado por adultos assustados com a ideia da própria morte"

Syd, no filme London

Posted on 14:28 In:




















Você, sem dúvidas, sempre foi capaz de levar todos os abismos para bem longe e transformá-los em simples sorrisos infantis.
Eu, na minha ingenuidade e rancor - que me fechavam de tudo e de todos - não sabia ao certo, no começo, o que fazer com tanto excesso de açúcar. Mas, acabei descobrindo por erros médicos, numa certa tarde, que não sou diabética.
Nessa mesma tarde você estava lá. Tudo que eu conseguia enxergar no meio daquele transe era você, por várias horas de pé ao lado daquela cama de hospital.
Confesso que era tudo que eu menos queria naquela época: ser vista naquele estado frágil e deplorável.
Fraca.
Hoje não encontro palavras para descrever o que senti, apenas: Sim, você estava lá. Ele sempre esteve "lá".
Naquele dia percebi que você era o único capaz de sugar algo frutífero da carne seca; do corpo oco de rancor e mágoas fúteis que eu guardava.
Não, não... Já esqueci... E lembrei que tudo aquilo já não há.
Só me importa agora estar com você, pois eu sei que assim tudo se mantém inesperado e renovado... Você sempre me ensinou a tornar os fantasmas das lembranças em palavras risíveis, e eu sempre aproveitei de tudo um pouco nesse nosso, já longo, aprendizado.
Sim senhor!