Não, não acredito em destino.
Um pouco forte pra mim essa noite começar esse texto com um "não", mas talvez necessário.
Não acredito em destino, não acredito em nada que "deveria ser".
Vejo que tudo muda o tempo todo, incessantemente. Eu não estaria aqui deitada escrevendo sobre isso se não fosse, por essa teoria, uma série de fatos sucessivos ocasionais: eu ter pensado sobre este determinado assunto, ter arranjado um notebook pra escrever na cama, enfim... algo foi preciso pra chegar ao produto final: escrita.
Venho pensando hoje a noite, como tudo é engraçado, como somos eternos seres mutáveis. Ninguém é dono de ninguém e jamais será.
É por isso, que não acredito em nada predestinado, ou que venha com "felizes para sempre" gravado com uma fonte bonita.
Eu sou humana, sei das minhas forças e fraquezas o suficiente para dizer o quão fácil é, para todos nós, iludirmo-nos com romantismo barato (novidade!). Mas não, se enganaram... Venho falar exatamente do oposto, de como também é simples nos Desiludirmos dos velhos valores românticos - baratos ou não -.
Todos esses planos, todos esses sonhos tão ardilmente obtidos aos solavancos, as vezes simplesmente desaparecem... puf! Se foi.
E sabe o que é engraçado? Quando chegamos ao ponto de correr atrás e buscar o que vale realmente a pena, o valor do que recebemos em retorno é tão inestimável que chega a ser leve, e de tão sereno, se torna belo.
Tudo ainda pode mudar.