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About a Girl

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"Nasci em 1992, no interior do estado. A dança-teatro e o cinema formaram meu primeiro imaginário: a palavra vinha como complemento das imagens. Quando descobri os livros, bem cedo, aceitei-os apenas como o lugar das palavras e das idéias, vendo as imagens a que remetiam ou sugeriam, como fantasmas imponderáveis e sem substância, descabidos, impróprios para aquele tipo de veículo. Quando me pedem que fale de mim mesma, sinto o incômodo, pergunto: que imagem devo projetar? Tenho tantas. Acho que a melhor para o caso é a que passo nos próprios posts, de alguém que escreve mas não acredita nos fantasmas das palavras, embora eles sejam inevitáveis. E a melhor forma de conviver sem temor com essas fantasias é jogar com elas, torná-las risíveis, desautorizá-las, de modo a evitar o poder técnico abusivo que tem quem escreve, para iludir o leitor."

Aos destinatários destas palavras

"Pra dilatarmos a alma
Temos que nos desfazer
Pra nos tornarmos imortais
A gente tem que aprender a morrer
Com tudo aquilo que fomos
E tudo aquilo que somos nós"


O Teatro Mágico

Quem lê

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Posted on 08:54




























"Como é uma mudança brusca de uma sensação tão diferente para outra totalmente oposta" - ele disse.

Disse e não disse. Pois dizia sem saber que assim, dessa simples maneira, estava descrevendo perfeitamente bem os relacionamentos amorosos humanos.

Manílov

Posted on 08:38 In:




























Só Deus poderia dizer como era o caráter de Manílov. Existe uma espécie de gente da qual se diz: é gente assim-assim, nem isto nem aquilo, nem na cidade Bogdan nem na aldeia Selifan, como diz o provérbio. Talvez tenhamos de incluir Manílov nesta categoria. Seu aspecto exterior era vistoso. Os traços fisionômicos não eram desprovidos de simpatia, mas nessa simpatia havia uma porção excessiva de açucar; nos seus modos e maneiras havia algo que se insinuava, procurando conhecer e agradar. Tinha um sorriso atraente, era louro, de olhos azuis. No primeiro minuto de conversa com ele não se escapava de dizer: "Que homem agradável e encantador!" No minuto seguinte, não se dizia nada, e no terceiro, já se dizia: "Que diabo de coisa!" - e se tratava de afastar-se dele o mais possível; mas quem não se afastasse sentiria um tédio mortal. Não adiantava esperar dele uma palavra mais viva ou pelo menos mais irritada, como se pode ouvir de qualquer pessoa quando se toca num assunto que mexe com ela.

Odeio

Posted on 08:22 In:




























Odeio o ser humano
Odeio ser humana
Odeio fingir ser
Odeio precisar ser
Ultimamente eu venho odiando.
Odeio as pessoas
Odeio o que elas podem se tornar
Odeio o lado que pensam chamar de "humano"
Odeio quem se cala
Odeio ainda mais quem fala sem pensar
Odeio quem é sincero
Odeio mais ainda quem não possui sinceridade na voz
Odeio quem mente para ser
Odeio quem mente pra não ser
Ultimamente percebi que meu gato tem sido uma das criaturas mais decentes com quem convivo. E ele vomita bolas de pêlo.
Não é engraçado. Como saber se somos melhores que tudo isso? Com nossas bombas nucleares e falsos regimes?
Tudo isso também já foi um falso conforto de "segurança".